PACIENTE CRÔNICO: SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO: UMA ETNOGRAFIA COM JOVENS COM SOROLOGIA POSITIVA PARA O VIH
Juventude
VIH/SIDA
Experiência da doença
Doenças de longa duração
Antropologia
Juventude
Síndrome de imunodeficiência adquirida
Anthropology
Youth
HIV/AIDS
Experience disease
Long duration of disease
Gonçalves, Rafael Agostini Valença Barreto | Postado em:
2016
Resumo
Ao longo das quase quatro décadas que convivemos com o Vírus da Imunodeficiência Adquirida sua administração clínica sofreu mudanças consideráveis. O prolongamento temporal impõe aos sujeitos VIH+ pre) posicionamentos no agenciamento da vida e da enfermidade a partir da perspectiva de uma doença de longa duração. Necessidade de adequação dos hábitos e comportamentos, frequente interação com serviços e profissionais da saúde e uso contínuo de medicamentos – além da convivência com os impactos sociais, subjetivos e mesmo físicos da enfermidade – são algumas das questões. O objetivo desta pesquisa foi compreender e os sentidos e significados atribuídos à convivência com a doença e suas consequentes implicações. Foram realizadas seis entrevistas abertas em profundidade com jovens VIH+ de camadas populares, de ambos os sexos, de transmissão materno-infantil entre 18 e 22 anos. A partir de uma questão disparadora, espraiamos para dimensões da vida dos jovens referentes à revelação do diagnóstico, relações afetivas e representações do vírus, do tratamento e da doença. O material produzido foi analisado a partir de uma perspectiva socioantropológica que se ancorou na análise temática. Os resultados indicam que os antirretrovirais têm centralidade nos discursos e são vistos como responsáveis pela manutenção da saúde. A normalidade como eixo estruturante do diagnóstico contrastou com o fato de que a maioria dos entrevistados preferia manter segredo sobre sua sorologia. O ativismo aparece como forma de encontrar lugar para a sorologia no curso da vida e como estratégia acionada para lidar com o cotidiano após o diagnóstico. No campo da sexualidade, a possibilidade de compartilhar a gestão de cuidados com os parceiros, o medo de ser rejeitado e a enorme preocupação com a possibilidade de infectar alguém formam um caudaloso misto de experiências. Enfim, os dados apontam que as fronteiras entre os sentidos e experiências do “agudo” e “crônico” não são um Aqueronte a ser transposto, mas dois lados que se tocam
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Tipo de documento
DissertaçãoAssunto(s)
AntropologiaJuventude
VIH/SIDA
Experiência da doença
Doenças de longa duração
Antropologia
Juventude
Síndrome de imunodeficiência adquirida
Anthropology
Youth
HIV/AIDS
Experience disease
Long duration of disease
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