GEOQUÍMICA INORGÂNICA, ORGÂNICA E ISOTÓPICA DO ENXOFRE EM SEDIMENTOS HOLOCÊNICOS DO SISTEMA DE RESSURGÊNCIA DE CABO FRIO (RJ)
Ácidos fúlvicos
Isótopos de enxofre
Sulfurização
CRS
Sedimento marinho
Carbono orgânico
Pirita
Ressurgência (Oceanografia)
Isótopo
Enxofre
Cabo Frio (RJ)
Produção intelectual
Humic acids
Fulvic acids
Sulfur Isotopes
Sulfurization
Díaz Ramos, Rut Amelia | Postado em:
2016
Resumo
O presente estudo utiliza a geoquímica inorgânica das espécies reduzidas do enxofre, operacionalmente definidas como
acid
-
volatile sulfufide
(AVS) e
chromium -reducible sulfur
(CRS),a composição isotópica (
δ
34
S) do
sulfat
o da água intersticial, do CRS, e das frações
orgânicas (ácidos húmicos, ácid
os fúlvicos e resíduo orgânico)
para avaliar a diagênese do
enxofre ao longo do Holoceno (últimos 12.000 anos cal AP)
no
Sistema de Ressurgência de
Cabo Frio (SRCF)
. Também foi
usada a morfologia da pirita, considerando a distribuição de
tamanho dos frambóides através de microscopia eletrônica de varredura (MEV), com o objetivo
de inferir o estado de oxidação do ambiente de formação.
Foram coletados quatro perfis
sedimentares
cur
tos
(b
ox
-
cores
) e três longos (
kullembers
)
em um gradiente
“cross
-
shelf”
na
plataforma continental de Cabo Frio.
A razão C/N e o a composição isotópica (
δ
13
C) da matéria
orgânica reflete uma fonte marinha durante a diagênese recente. As diferentes caracter
ísticas
morfológicas, como as superfícies de oxidação nos microcristais, os processos de crescimento
secundário e os poliframboides encontrados nas análises morfológicas da pirita, assim como
também a variabilidade na distribuição dos diâmetros dos frambói
des evidenciaram uma
formação sob condição redox altamente dinâmica.
A razão COT/CRS indica que o fator
limitante para a formação da pirita é o enxofre
, devido
as condições de deposição do ambiente
as quais favorecem a re
-
oxidação do sulfeto de hidrogênio.
A composição isotópica do sulfato
ao longo dos perfis apresenta um valor médio de +23‰, e não foi observado um fracionamento
isotópico com respeito ao sulfato da água do mar (+ 21‰), indicando a diagênese do sulfato
em um sistema aberto e baixas taxas de
sulfato redução. No entanto, a composição isotópica do
CRS apresentou sinais altamente empobrecidos em
34
S (
-
45‰ até
-
25 ‰), indicando reações
de re
-
oxidação no ciclo do enxofre. A composição isotópica das espécies orgânicas do enxofre
apresenta um enrique
cimento em
32
S quando comprados com o sulfato da água intersticial
, e
isotopicamente pesadas comparadas com a pirita.
O incremento na razão S/C dos ácidos
húmicos e o empobrecimento do sinal isotópico em
34
S com o avanço da profundidade indicam
a captura d
o enxofre de origem diagenético pela matéria orgânica.
Um balanço de massa
isotópico indica a predominância de uma fonte biossintética nos ácidos húmicos e diagenética
nos ácidos fúlvicos, estes resultados guardam relação com a reatividade da matéria orgân
ica em
cada fração.
No gradiente “cross
-
shelf”
as frações orgânicas da plataforma média apresentam
os menores conteúdo de enxofre biossíntetico, indicando a presença de matéria orgânica mais
reativa.
Estes resultados indicam que a sulfurização da matéria o
rgânica e a cumulação de pirita
em Cabo Frio foi favorecida pelo ciclo re
-
oxidativo do enxofre devido a intensas condições
óxicas na coluna de água.
O processo de diagênese do enxofre ao longo do Holoceno não guarda
relação aparente com as mudanças oceanog
ráficas registrada na área de estudo, assim sendo, adinâmica do enxofre esteve relacionada com a intensidade dos processos de diagênese
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Tipo de documento
DissertaçãoAssunto(s)
Ácidos húmicosÁcidos fúlvicos
Isótopos de enxofre
Sulfurização
CRS
Sedimento marinho
Carbono orgânico
Pirita
Ressurgência (Oceanografia)
Isótopo
Enxofre
Cabo Frio (RJ)
Produção intelectual
Humic acids
Fulvic acids
Sulfur Isotopes
Sulfurization