MUDANÇAS PALEOCLIMÁTICAS NA SERRA NORTE DOS CARAJÁS (PA)
Holoceno
Carvão
Carajás
Paleoambiente
Paleoclima
Mudança climática
Holoceno
Carvão
Carajás (PA)
Produção intelectual
Climate change
Charcoal
Holocene
Conceição, Marcela Cardoso Guilles da | Postado em:
2010
Resumo
De acordo com os grandes questionamentos sobre o fu
turo do clima global
torna-se de fundamental importância verificar a var
iação do clima ao longo da
evolução do planeta. Tendo em vista que a região Am
azônica é atualmente
detentora da maior biodiversidade do mundo, estudos
paleoclimáticos e
paleoecológicos nessa região são de fundamental imp
ortância para a elaboração de
políticas de mitigação e adaptação contra as mudanç
as globais do clima. O objetivo
deste trabalho é identificar a ocorrência de mudanç
as paleoambientais durante o
Holoceno e Pleistoceno, através da determinação de
parâmetros orgânicos e
inorgânicos e da deposição de indicadores de queima
da (partículas de carvão). O
testemunho coletado possui 450 cm e foi fatiado a c
ada dois centímetros, e nele
foram feitas análises granulométricas, mineralógica
s, isotópicas (
δ
13
C e
δ
15
N) e C/N,
microscópica para quantificação dos carvões, mercúr
io, datação
14
C
por AMS, além
da determinação de densidade e teor em água do test
emunho. De acordo com os
dados obtidos do testemunho lacustre, pode-se afirm
ar a ocorrência de incêndios na
Serra dos Carajás durantes os últimos 26420 anos. A
través da interpretação dos
resultados podemos determinar a ocorrência de cinco
fases bem distintas no
testemunho. As características da Fase I (26.420 an
os cao AP) como, a presença de
caulinita, quartzo, silica e gibsita, baixos valore
s na concentração de partículas de
carvão podem ser indicativos de uma possível fase m
ais úmida, com ocorrência de
poucos eventos de queimadas locais. A ocorrência de
uma fase mais úmida no
período entre 30.000 e 22.000 anos AP, através do a
umento da deposição de
material clástico, como resultado da erosão da baci
a hidrográfica durante a transição
entre um clima úmido e seco. A Fase II é caracteriz
ada pelo aumento da ocorrência
de eventos de queimadas mais regionais (aumento da
concentração de partículas de
carvão e diminuição do tamanho das partículas), o a
umento do COT em direção ao
topo do testemunho, a presença dos minerais gibsita
, quartzo, caulinita e siderita.
Esse aumento nos valores do COT, podem ter sido oca
sionados pelo, aumento da
concentração de partículas de carvão nessa fase. A
Fase III é caracterizada pela
diminuição da ocorrência de queimadas (diminuição d
a concentração das partículas
de carvão), presença de gibsita, quartzo, caulinita
e siderita, os valores de
δ
13
C
tornam-se mais negativos. A Fase IV é caraterizada
pelo aumento de incêndios
florestais mais regionais, pela presença de gibsita
, quartzo e caulinita, os valores de
δ
13
C tornam-se mais positivos em relação a fase anteri
or. Tendência de aumento da
matéria orgânica em direção ao topo do testemunho.
A quinta e última fase (6.650
anos cal AP) é caracterizada pela diminuição na fre
quência de incêdios, presença de
gibsita, quartzo, caulinita e silica, grande aument
o da quantidade de matéria
orgânica. Essas caraterísticas são indicativos de u
m possível retorno de condições
mais úmidas, com baixa ocorrência de incêndios.
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DissertaçãoAssunto(s)
Mudança climáticaHoloceno
Carvão
Carajás
Paleoambiente
Paleoclima
Mudança climática
Holoceno
Carvão
Carajás (PA)
Produção intelectual
Climate change
Charcoal
Holocene