VARIAÇÃO ENTRE O PRESENTE DO INDICATIVO E O PRESENTE DO SUBJUNTIVO: UMA ANÁLISE SOCIOLINGUÍSTICA
Indicativo
Presente
Escolaridade
Língua portuguesa
Gramática
Verbo
Subjunctive
Indicative
Present
Schooling
Novo, Idrissa Ribeiro | Postado em:
2015
Resumo
Grande parte das gramáticas tradicionais normativas faz uma diferenciação bem
marcada entre os modos verbais Indicativo e Subjuntivo: enquanto se considera o Indicativo o
modo da certeza, atribui-se ao Subjuntivo o valor da incerteza, da hipótese. Todavia, há casos
em que essa distinção não se manifesta tão segura, visto que em orações factuais nem sempre
o Indicativo é utilizado, assim como os dois modos, por vezes, podem expressar falta de
certeza (PERINI, 2009; 2010). Além disso, CAMARA JR. (2009: 280-281) assevera que “em
português, como nas demais línguas românicas, o subjuntivo sofreu a interferência do
indicativo e só aparece em determinados tipos frasais, por uma servidão gramatical”. É usado
em contextos bem específicos, dentre os quais se destacam: oração independente depois do
advérbio de dúvida talvez; oração integrante subordinada a verbos de significação volitiva ou
optativa; oração adverbial que desenvolve uma concessividade, uma finalidade ou uma
causalidade. Neste trabalho, sob a ótica da Sociolinguística Variacionista, investigou-se a
variação entre o presente do indicativo e o presente do subjuntivo, nos referidos contextos
sintáticos em que a prescrição gramatical preconiza o uso obrigatório do modo verbal
subjuntivo. Assim, analisam-se casos em que, em maior ou menor grau, a expectativa de
emprego do subjuntivo é contrariada, gerando enunciados de aceitabilidade duvidosa no
âmbito da variante de prestígio do português. Para a consecução dos fins da pesquisa,
realizaram-se testes sociolinguísticos de percepção e de produção com turmas iniciais e finais
do segundo segmento do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio, em seis escolas
públicas e privadas dos municípios de Niterói e Itaboraí e analisaram-se produções textuais
dos discentes dessas mesmas escolas. Consideraram-se estatisticamente relevantes as
variáveis extralinguísticas tipo de escola, escolaridade e cidade e as variáveis linguísticas
contexto sintático e pessoa gramatical com significância estatística. Constatou-se também
que a variável contexto sintático pode ser descrita em um continuum, no qual as orações
adverbiais de finalidade apresentam maior frequência de uso do subjuntivo, enquanto no polo
oposto localizam-se as orações adverbiais de causalidade. Por fim, percebeu-se que a 1ª
pessoa gramatical motiva o uso do indicativo, assim como alunos do 6º ano de escolaridade
tendem a usar mais frequentemente esse modo verbal nos contextos de uso estudados
[Texto sem Formatação]
[Texto sem Formatação]
Tipo de documento
DissertaçãoAssunto(s)
SubjuntivoIndicativo
Presente
Escolaridade
Língua portuguesa
Gramática
Verbo
Subjunctive
Indicative
Present
Schooling
Termo da Licença
CC-BY-SAOs arquivos de licença a seguir estão associados a este item: