OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS, CAFEÍNA E BISFENOL-A EM ALGUNS CORPOS HÍDRICOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Contaminação de ambientes aquáticos
Farmácos
Bisfenol-a
Interferentes endócrinos
Cafeína
Qualidade da água
Poluição da água
Medicamento
Cafeína
Bisfenol-a
Produção intelectual
Emerging contaminants
Aquatic environment contamination
Pharmaceutical compounds
Caffeine
Bisphenol-a
Endocrine disruptors
Gonçalves, Eline Simões | Postado em:
2012
Resumo
A contaminação dos ambientes aquáticos por contaminantes emergentes é,
ainda, pouco investigada no Brasil. Este estudo teve como objetivo avaliar a
ocorrência de fármacos de diferentes classes terapêuticas, cafeína e bisfenola,
em corpos hídricos de diferentes escalas no Estado do Rio de Janeiro.
Foram eles: em micro escala, os Córregos São Domingos e Ribeirão
Santíssimo (município de Santa Maria Madalena); em pequena escala, as
bacias dos rios Paquequer, Guandu, Iguaçu e Sarapuí; em média escala, a
bacia do médio rio Paraíba do Sul. Considerando os objetivos propostos foram
analisadas 47 amostras para a determinação de 34 fármacos (acetaminofeno,
ácido salicílico, codeína, diclofenaco, fenazona, ibuprofeno, ketoprofeno,
meloxicam, naproxeno, piroxicam, atorvastaina, benzafibrato, gemfibrozil,
alprazolam, carbamazepina, diazepam, lorazepam, venlafaxina, atenolol,
metoprolol, nadolol, propanolol, sotalol, furosemida, torasemida, glibenclamida,
irbesartan, losartan, valsartan, warfarina, tiabendazol, xilazina, sulfametoxazol,
trimetoprim), cafeína e bisfenol-a, empregando a técnica analítica de extração
em fase sólida, cromatografia a líquido de alta eficiência e espectrometria de
massa tandem. Os resultados obtidos mostraram que nenhuma amostra
analisada estava livre da contaminação por esses compostos e apenas dois
deles (piroxicam e torasemida) não foram detectados em qualquer amostra. A
freqüência com que os demais compostos foram detectados variou entre 2,1
(para a xilazina) e 100% (para ácido salicílico, velanfaxine, propanolol,
tiabendazol, trimetoprim e cafeína). Uma avaliação qualitativa sobre consumo
de medicamentos no município de Santa Maria Madalena mostrou uma estreita
relação entre o consumo, a concentração e a frequência com que são
encontrados fármacos em amostras ambientais. Os rios que apresentaram as
maiores concentrações totais destes contaminantes foram (em ordem
decrescente): rios Iguaçu-Sarapuí (51,8 μg L-1); córregos São Domingos e
Ribeirão Santíssimo (19,0 μg L-1); rio Paquequer (18,2 μg L-1); rio Guandu (1,46
μg L-1) e rio Paraíba do Sul (1,42 μg L-1). Esses resultados mostram a
importância da vazão na diluição da contaminação por fármacos, cafeína e
bisfenol-a, oriundos da entrada de esgoto doméstico, o que pode ser avaliada
através das cargas de contaminantes transportadas em cada bacia. A alta
concentração de certos compostos (alguns quantificados neste estudo na
ordem de μg L-1) não é, necessariamente, a principal preocupação ambiental,
mas também, a sua persistência e atividade biológica. Contudo, para a maioria
desses compostos não existem dados suficientes quanto a ocorrência,
avaliação de risco e ecotoxicidade, e desta forma, é difícil prever os seus
efeitos causados à saúde do homem e dos organismos aquáticos, o que torna
primordial a sua investigação
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Tipo de documento
TeseAssunto(s)
Contaminantes emergentesContaminação de ambientes aquáticos
Farmácos
Bisfenol-a
Interferentes endócrinos
Cafeína
Qualidade da água
Poluição da água
Medicamento
Cafeína
Bisfenol-a
Produção intelectual
Emerging contaminants
Aquatic environment contamination
Pharmaceutical compounds
Caffeine
Bisphenol-a
Endocrine disruptors